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Pró-reitoria de extensão

PROJETO LICURI



O Projeto Licuri constitui, além de ensino e pesquisa, uma ação de extensão universitária que surgiu em 2003, valorizando a Inovação para a inclusão social e o desenvolvimento sustentável no semiárido baiano.O resultado mais significativo é que as ações do projeto vêm despertando a comunidade do semiárido baiano para a relevância do fortalecimento das cadeias produtivas dos frutos típicos da região, através da construção de tecnologias sociais, gerando trabalho e renda, conhecimento, bem estar e cidadania para as comunidades regionais. As ações desenvolvidas pelo projeto culminaram na vitória, em primeiro lugar, no Prêmio de Inovação FINEP 2010, Categoria Tecnologias Sociais, Regional Nordeste.


proex - projeto licuri


Conhecendo o Licuri

O licuri - também conhecido como ouricuri, aricuri, nicuri e alicuri – é hoje o principal provedor de recursos para a subsistência da comunidade dessa zona do semiárido baiano. A descoberta científica realizada por pesquisadora do IFBA sobre o valor nutricional e o peso sócio-econômico do licuri, revelou que no licuri são encontradas as seguintes substâncias: na polpa ou drupa – cálcio, magnésio, cobre e zinco e, na amêndoa (dentro do coquilho) – cálcio, magnésio, cobre, zinco, ferro, manganês e selênio, especial-mente esta última que faz do licuri um alimento funcional.


Além disso, 50% da constituição da amêndoa são de óleo. Tais substâncias são essenciais à sobrevivência humana e contribuem no com-bate à fome e a prevenção de doenças tais como: problemas de visão, cânceres, doenças do coração, artrite, arteriosclerose, anemia e os distúrbios da aprendizagem, diabetes, asma e osteoporose entre tantas outras.


A partir dessa pesquisa, vários produtos da cadeia do licuri foram desenvolvidos, como complemento alimentar (barra de cereal), compotas, sorvetes, geléias, iogurtes, cocadas, doces e farinha que compõem o mix de produtos dos empreendimentos das comunidades envolvidas, inicialmente a de Caldeirão Grande. Além do complemento alimentar e do leite de coco, das folhas para produção do artesanato,. Estudos já estão sendo desenvolvidos para que os resíduos da quebra e debulha da amêndoa (o endocarpo) sejam utilizados como insumo energético na forma de briquetes e/ou carvão, sendo que a casca do coco, submetida a processo de combustão a baixa pressão produz carvão ativado e óleo. O óleo extraído da amêndoa é normalmente usado na indústria de saponáceos e cosméticos, mas pode ter outras utilizações que agregariam maior valor ao óleo, como biocombustível e na área de laminação. Do resíduo da extração do óleo resulta uma torta que pode ser aproveitada para a produção de alimentos ou de um complemento alimentar para animais (ração).


Do IFBA à Comunidade

Os resultados das pesquisas realizadas chega, em 2005, no município de Caldeirão Grande - Bahia, têm buscado resgatar a cultura extrativista, fortalecendo a cadeia produtiva do licuri, através da construção de tecnologias sociais, possibilitando aumentando a renda, bem como a fixação do homem no campo.


O Projeto atualmente atende 1938 famílias agro-extrativistas, sendo 1067 homens e 871 mulheres, com faixa etária 1087 abaixo de 18 anos e 93 acima de 60 anos, no município de Caldeirão Grande. Para que atuem no mercado de trabalho e nele permaneçam, mediante apoio em sua atualização profissional, na organização solidária para compra de insumos e vendas de seus produtos, os agricultores se organizaram em uma cooperativa multi-comunitária, a COO-PERLIC, através da articulação de vários povoados do município, incluindo comunidades tradicionais de remanescentes quilombolas, constituindo-se em um grande diferencial do projeto.


O projeto além de atuar no município de Caldeirão Grande, vem desbravando novos horizontes tais como os municípios de Morro do Chapéu, Senhor do Bonfim, Mata de São João e Camaçari.


Para visualizar/baixar os folders do projeto, clique nos links abaixo:

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