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Alunos do Campus Simões Filho são os grandes vencedores do Concurso Uma Ideia na Cabeça, Uma Inovação na Mão

Os alunos Emanuel Pereira , Guilherme Correia e Irlan Silva ganharam um total de R$ 10 mil na Premiação.
publicado: 30/05/2025 13h37, última modificação: 30/05/2025 15h52

Três alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Campus Simões Filho, conquistaram as principais premiações no Concurso Uma Ideia na Cabeça, Uma Inovação na Mão (INOVAIFBA 2024). A cerimônia ocorreu no dia 27 de maio, na Agência do SEBRAE, no bairro do Costa Azul, Salvador. Emanuel Pereira (4º Eletro), 18 anos, Guilherme Correia (4º Metal), 18 anos, e Irlan Silva (3Mec), 17 anos, ganharam R$ 4 mil na categoria Growth (estudantes de nível médio), e R$ 6 mil na categoria geral - "Minha primeira Startup" - competindo com estudantes de nível superior e servidores de todo o Instituto.

O concurso Uma Ideia na Cabeça, Uma Inovação na Mão, em sua 11ª edição, é uma parceria do IFBA e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). A iniciativa visa estimular estudantes e servidores(as) a proporem soluções inovadoras para desafios da sociedade.

O projeto apresentado por Emanuel, Guilherme e Irlan foi o MEMOREASE: uma solução tecnológica de gestão de medicamentos para idosos. Guilherme conta que a semente para o projeto surgiu durante as aulas de Iniciação Científica, quando perceberam o interesse comum em participar em concursos acadêmicos. Em outubro de 2024, o Edital foi anunciado e os rapazes não perderam tempo. “Durante a escolha do projeto, veio minha identificação, porque tenho um avô idoso que toma muitos remédios. Diversas vezes ele esqueceu e teve que ir para o hospital”, conta.

Com mentoria do prof. Paulo Vicente, os rapazes desenvolveram um dispensador de medicamentos. Emanuel explica: “trata-se de um sistema intuitivo e de baixo custo, que utiliza um Arduino (tipo de microprocessador) e impressão 3D. Um equipamento com vários compartimentos, com cores específicas, e alarmes sonoros, onde são colocados os remédios. Esse equipamento é ligado a um aplicativo, em que o idoso ou cuidador pode fazer a operação. Na hora de tomar o remédio, o dispenser abre a tampa, o Arduino aciona o alarme e liga uma luz de led””.

 

Orientador defende mais tempo fora de sala de aula para desenvolver projetos

 

A programação ficou a cargo de Irlan. “A maior dificuldade foi integrar a parte eletrônica do dispenser ao app, de forma funcional e estável. Como lidamos com um público sensível, como idosos que usam medicamentos, não podemos correr riscos com falhas ou brechas”, disse.

Outra dificuldade apontada pelos alunos foi a falta de tempo, já que tinham que conciliar o projeto com as obrigações acadêmicas, resolvendo tudo em ligações telefônicas até tarde da noite. O professor e orientador do grupo, Paulo Vicente, ressalta a importância do trabalho fora de sala de aula.

“Ganhar o prêmio foi um resultado fantástico, considerando que os estudantes têm pouco tempo para se dedicar a projetos de pesquisa, devido ao excesso de disciplinas curriculares, e a uma carga horária de mais de 36 horas em sala de aula, chegando a ultrapassar 40 horas nas semanas em que ocorrem os sábados letivos. É bem difícil encontrar horário para pensar em projetos inovadores”, argumentou.

E o dinheiro do prêmio? Falando em nome da equipe, Irlan disse que a meta é seguir em frente com o MEMOREASE. “Nosso objetivo é usar o dinheiro para investir no projeto e transformar nossa ideia em um produto comercializável. Queremos melhorar materiais, adicionar funções e aumentar a precisão dos componentes eletrônicos, com ajuda de técnicos profissionais, se necessário”, concluiu.

 

 Da esquerda: Irlan, Emanuel e Guilherme, pretendem utilizar os R$ 10 mil do Prêmio para aperfeiçoar o MEMOREASE