Campus Simões Filho
Tudo começou no início dos anos 80, quando o governo Federal decidiu transferir o antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (CENTEC), de sua sede no bairro de Monte Serrat, para Simões Filho. Na época, a cidade não passava de um pequeno município que até os anos 60 ainda fazia parte da periferia de Salvador. O intuito da interiorização era formar profissionais de nível superior com o titulo de “tecnólogos”. O CENTEC oferecia os cursos de: Manutenção Petroquímica, Manutenção Mecânica, Telecomunicações, Manutenção Elétrica, Processos Petroquímicos e Administração Hoteleira.
Em 1983, o CENTEC é inaugurado oficialmente em sua nova sede, em Simões Filho. Com projeto do arquiteto Pasqualino Romano Magnavita, as instalações foram edificadas nos 340 mil m² de área verde – maior campus em tamanho de todo o IFBA – resultando em um complexo de 16 mil m² de área construída, ainda hoje o segundo maior de todos os campi do Instituto.
Em 1993, o Centec foi integrado à antiga Escola Técnica Federal da Bahia, passando a se chamar Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (CEFET-BA). Essa denominação perdurou até 2008, quando o então presidente Luís Inácio “Lula” da Silva criou os Institutos Federais de Educação Tecnológica, visando ampliar ser escopo e abranger também cursos de nível superior. Regionalmente, os centros educacionais foram redefinidos como Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).
Hoje, o IFBA Simões Filho não para de crescer, oferecendo educação de qualidade para 1.200 alunos e empregando cerca de 78 professores, 45 técnicos e 45 funcionários terceirizados. Os cursos oferecidos atualmente são: Eletromecânica, Mecânica, Metalurgia, Petróleo e Gás, além de licenciatura em Eletromecânica e da Engenharia Mecânica.
São 28 laboratórios, 31 salas de aula, 03 auditórios, 02 bibliotecas, anfiteatro, divididos entre cinco pavilhões. O campus também possui um Ginásio Poliesportivo, uma Usina Experimental de Biodiesel, um campo de futebol gramado. O campus também possui sua própria horta, onde são plantados hortelã, cebolinha, coentro, manjericão e outras hortaliças que servem para o preparo da alimentação dos alunos.
Fora todos essa evolução material, o IFBA voltou os olhos também para a questão ambiental, cuidando com carinho da imensa área verde em que está localizado. O campus é parte integrante da Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga, responsável por cerca de 40% de toda água potável consumida na Região Metropolitana de Salvador (RMS). De fato, a própria nascente do Rio Ipitanga encontra-se na área verde do campus, na Lagoa dos Tocos, um verdadeiro oásis entre tantos centros industriais e petroquímicos.
Por volta de 2010, o Instituto conseguiu eleger dois representantes para o Conselho que cuida da APA, cercando seu território e promovendo rondas periódicas, pois até então o local era muito vulnerável ao roubo de areia para construção, retirada de plantas nativas e caça. Em sua área remanescente de Mata Atlântica encontram-se aves em extinção, tamanduás, tatus, raposas, répteis diversos e também espécies vegetais como abacateiros, jaqueiras, dendezeiros, coqueiros mangabeiras, além de uma variedade de mais de 30 exemplares de flores tropicais de rara beleza.