Projeto do campus Salvador do IFBA leva música para o Iceia
Estudantes que fazem parte do projeto de extensão “Musicando” do campus Salvador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) se apresentaram cantando e tocando um repertório de músicas com estilos variados na tarde do último dia 7 de dezembro no Instituto Central de Educação Isaías Alves (Iceia), no Barbalho.
Michal Figueredo, professora e coordenadora do projeto, explica que buscou contato com o Iceia por ser uma escola pública do entorno que incentiva a arte e a cultura e tem estudantes com mesma faixa de idade. Quem a recebeu foi Maribel Costa e Silva, diretora que reconheceu a originalidade do que denominou como “intercâmbio musical”. “A gente está recebendo o IFBA com muito prazer realmente porque é uma instituição que tem muito significado na história da educação da Bahia”, argumenta Maribel.
“Musicando” está em sua etapa final, mas como o próprio nome do projeto é um verbo no gerúndio, será continuado no próximo ano, garante a professora Michal. Outro projeto que caminha junto com as ações do “Musicando” é o “IFBAsonoro 2022”. O objetivo é que, no futuro, um núcleo de arte e cultura seja criado no campus Salvador.
Confraternização
No dia anterior, 6 de dezembro, no campus Salvador, os projetos Musicando e IFBA Sonoro realizaram pela primeira vez a Confraternização Musicando. Foram realizadas 12 apresentações com violão, teclado e cajon que reuniram familiares, amigos e colegas para apreciarem as apresentações artísticas dos estudantes envolvidos nesses projetos e para proporcionar “um momento ímpar de gratidão pelas conquistas alcançadas”, explica Michal.
A docente define o evento como “emocionante” ressaltando o apoio e presença da gestão, a montagem de um coral de fim de ano com professoras e estudantes do projeto, a qualidade musical dos estudantes, a emoção dos pais presentes e a homenagem em vídeo editado pela estudante Isabel Perez. “Não consegui conter as lágrimas ao entender a dimensão do impacto das ações nas vidas deles”.
Nelly Barroso, mãe da estudante de automação Marília Barroso, lembra que o projeto ajudou a filha a relaxar e a lidar melhor com as pressões do dia dia de estudos. "A escola virou um espaço de comunidade para ela. Ela consegue se sentir feliz de fato ainda com toda carga de estudos". Marília, que cantou a música "Stand Up" de Cynthia Erivo, disse que aprende todos os dias com a equipe do projeto. Os encontros sempre ocorrem na hora do almoço. "Minha experiência tem sido inspiradora, eles me ajudam a crescer todo os dias. Conseguimos nos desenvolver pessoalmente e musicalmente", destaca a discente.
Para a diretora de extensão do campus, Luanda Kivia Rodrigues, o projeto é um marco por ter participado do Edital 18/2021 da Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (DPGI) e da Diretoria de Extensão e Relações Comunitárias (Direc), que destinou R$ 450 mil de recursos próprios para compra de material permanente e de consumo. “O projeto abriu as portas para comunidade externa por meio da extensão. Isso fortalece a instituição pois estimula outros e outras docentes a participarem do projeto e assim pensar em ações extensionistas".