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Setembro Amarelo - Como as nossas emoções podem influenciar a nossa saúde mental?

ESPECIAL

Confira o artigo do Departamento de Qualidade de Vida (Dequav)
publicado: 04/09/2025 16h24, última modificação: 04/09/2025 16h25

O mês de setembro é marcado pela conscientização sobre a prevenção do suicídio. A campanha Setembro Amarelo nos convida a olharmos para nós mesmo e para as nossas emoções. 

O girassol é a flor símbolo do Setembro Amarelo e representa luz, esperança e resiliência

Cuidar da saúde mental começa por aceitar que viver também é sentir. A gestão das emoções – a forma como reconhecemos, nomeamos e lidamos com as emoções de forma construtiva – contribui para a saúde emocional e previne o adoecimento mental e comportamentos autodestrutivos, incluindo as tentativas de suicídio/suicídio. 

A gestão das emoções ou regulação emocional está alinhada ao conceito de Inteligência Emocional, amplamente difundido por Daniel Goleman (1995), a partir dos estudos de Salovey e Mayer (1990), que revelaram a importância do autoconhecimento emocional, da capacidade de monitorar os próprios sentimentos e emoções e os dos outros e do manejo dessas emoções como elementos fundamentais para a saúde emocional.

Para Goleman (2011, p. 65) “a aptidão emocional é uma metacapacidade que determina até onde podemos usar bem quaisquer outras aptidões que tenhamos, incluindo o intelecto bruto”.

Pessoas com dificuldades em reconhecer, compreender e regular emoções negativas (como tristeza, raiva, vergonha, medo) são mais vulneráveis ao sofrimento psíquico e ao desenvolvimento de transtornos mentais. Estudos indicam a relação entre a gestão deficiente das emoções e distúrbios como ansiedade e depressão. Nesses casos, é comum o surgimento de padrões como ruminação, evitação de experiências emocionais e dificuldade de superação de experiências dolorosas, o que contribui para a manutenção do sofrimento e cria um feedback emocional destrutivo.

Devemos compreender que o sofrimento faz parte da experiência humana e saber lidar com emoções negativas é um dos maiores atos de cuidado que podemos ter com nós mesmos. Quando reconhecemos nossas emoções e damos espaço para elas, sem julgamento, abrimos caminho para a cura, para o crescimento e para o equilíbrio.

Falar sobre o que sentimos e buscar apoio quando necessário não é fraqueza, é autocuidado*.

Se você tem se sentido triste, vazio, sem esperança, tem se isolado do convívio com colegas e familiares ou apresentado dificuldades de relacionamento e de lidar com as suas emoções, procure ajuda psicológica.

*Falar sobre emoções com acolhimento é também uma forma de salvar vidas. A Reitoria desenvolve o programa de educação emocional “Estação das Emoções” para os servidores efetivos e terceirizados do IFBA, como parte integrante das ações da PASQUAV no eixo ações de promoção à saúde emocional e mental.

Realização  

Departamento de Qualidade de Vida (DEQUAV)/COPSI/IFBA  

Eliane Almeida Winck  

  • Enfermeira da Coordenação de Atendimento Psicossocial (COPSI) do Departamento de Qualidade de Vida do IFBA (DGP/DEQUAV/COPSI). 
  • Membro da Comissão Central e Local da PASQUAV na Reitoria. 
  • Autora e colaboradora do Programa de Educação Emocional “Estação das Emoções” em parceria com a psicóloga Anélia de Souza Monteiro. 
  • Mestranda do PPGA PCI IFBA UFPB. Desenvolve pesquisa que investiga a relação entre competências socioemocionais, saúde mental e bem-estar dos servidores do IFBA. 

 Referências 

GOLEMAN, D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 

SALOVEY, P.; MAYER, J. D. Emotional intelligence. Imagination, Cognition and Personality, v. 9, n. 3, p. 185-211, 1990.