IFBA participa de reunião de reitores de universidades e institutos federais com o presidente da República

A reitora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Luzia Mota, participou nesta quinta-feira (19), em Brasília, do encontro de reitoras e reitores de universidades e institutos federais com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião contou com a participação de 106 reitores(as) de universidades e institutos federais de todos os estados e do Distrito Federal, os ministros da Educação, Camilo Santana, da Casa Civil, Rui Costa (ex-governador da Bahia), da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Estamos começando um novo momento. Eu sei do obscurantismo que vocês viveram nesses últimos quatro anos. E eu quero dizer que estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo”, declarou o presidente Lula. Ele afirmou que fará encontros anuais com os reitores das universidades e institutos federais para ouvir as demandas das instituições.

Foto: arquivo pessoal

O presidente da República afirmou também que a autonomia das instituições será garantida, assim como serão respeitadas as decisões sobre os(as) reitores(as) das universidades e institutos federais. "Não pensem que o Lula vai escolher o reitor que ele gosta. Quem tem de gostar do reitor são os professores da universidade, são os funcionários da universidade". 

As reitoras Luzia Mota (IFBA) e Joana Angélica Guimarães, da UFSB (Foto: acervo pessoal)

O ministro da Educação, Camilo Santana, lamentou o que qualificou como “desmonte” da educação e reforçou o respeito à autonomia das universidades, citando o compromisso do chefe do Executivo Federal de “nomear todos os reitores que forem escolhidos pela comunidade acadêmica na sua consulta”. Camilo Santana disse ainda que, entre os desafios da área de Educação para os próximos anos, estão o da evasão escolar e a necessidade de oferta e ampliação de vagas e de acesso às universidades. Em sua sua fala, o ministro agradeceu a participação dos(as) reitores(as), sublinhou a presença do presidente do Conselho Nacional  das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Claudio Alex Jorge da Rocha, e pediu uma salva de palmas para "todos os professores e professoras do Brasil", no que foi atendido pronta e entusiasticamente pelos presentes.

"A reunião de hoje é um marco objetivo, mas também simbólico,  de um novo capítulo para a Rede Federal e para o IFBA. Sabemos que os desafios são grandes e precisamos de recursos e condições para seguirmos no caminho do fortalecimento e da expansão da Educação Profissional,  Científica e Tecnológica. Mas temos certeza de que o diálogo e o respeito nas relações institucionais com o Executivo Federal são fatores que nos permitem otimismo  sobre um futuro melhor", afirma a reitora do Instituto Federal da Bahia, Luzia Mota.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Fonseca, que é reitor da UFPR, agradeceu a realização do evento “logo no primeiro mês dessa gestão, nós podermos ser recebidos aqui, que eu tenho certeza é um gesto carregado de simbologia”. Fonseca afirmou que “as universidades foram maltratadas, detratadas, esganadas orçamentariamente e o pior: fomos alijados do nosso papel natural de estar a serviço do Brasil, dos projetos de desenvolvimento nacional”.  O presidente da Andifes enfatizou que as universidades “querem apresentar neste momento a este governo a sua firme disposição de estar a serviço do Brasil a partir de agora com esse reconhecimento e este acolhimento do governo federal”, mas destacou que para contribuir “não só na produção da ciência e tecnologia”, mas também com projetos estratégicos do país, “seja na área do meio ambiente, da energia limpa, da reindustrialização”.  Ricardo Fonseca sublinhou, entretanto, que para isso, as universidades precisam “de condições e de meios”.