“Capacitismo e a garantia de direitos” é tema da III Semana de Inclusão e V Setembro Surdo do Campus Jacobina do IFBA que termina nesta quinta (29)

Até esta quinta-feira, 29, acontece a III Semana da Inclusão e o V Setembro Surdo do Campus Jacobina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O evento evidencia, nesta edição, o tema Capacitismo e a garantia de direitos: as diferenças não podem ser motivos para a exclusão social, no intuito de promover e estimular as ações de formação da comunidade acadêmica, visando à desconstrução de estereótipos e preconceitos, bem como a garantia da inclusão. Palestras, mesas-redondas e rodas de conversa com servidores e estudantes do campus, além de convidados, integram a programação da Semana.

Nesta quinta-feira (29), quarto e último dia da III Semana de Inclusão/V Setembro Surdo do Campus Jacobina, às 18h, estará em foco O capacitismo e as garantias previstas em Lei, por meio de roda de conversa com Vanessa Reis, assistente social na Prefeitura de Jacobina; Silvio Pereira, membro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPC), e Meire Joyce Souza, especialista em Politicas Públicas para PCDs. A atividade será online através do link: meet.google.com/ptz-wytk-jdp

Durante a palestra de abertura, que ocorreu remotamente na manhã da segunda-feira, 26, a professora doutora Karin Strobel (UFSC), um dos principais nomes dos estudos da cultura surda e ensino da Libras, falou sobre o processo de escolarização de pessoas surdas no Brasil e a importância do ensino bilíngue. A palestra contou com tradução da intérprete do campus Érica Lima.

Em sua explanação, orientada por projeção de slides, Strobel destacou a relevância da Libras como primeira língua dos surdos, estando o português em segunda opção, de acordo com a legislação vigente. Ela, que é surda e também tem um filho surdo, mencionou a importância da família e da sociedade, em geral, nesse processo de aprendizagem, elencando as habilidades comunicativas e linguísticas dos surdos x ouvintes, que abrangem: visão, oralidade, leitura e escrita x tradução/interpretação.

Na sequência, houve mesa-redonda sobre acessibilidade comunicacional na formação/escolarização dos sujeitos surdos, com a discente do curso técnico integrado ao médio em mineração, Heveli Castro; Ilana Veloso, mestranda em mecatrônica (UFBA), e Ivanildo Medeiros, especialista em Libras (Faveni). 

Em sua fala, Ivanildo relembrou momentos da trajetória pessoal, incluindo o período que estudou na APAE de Santo Estevão, abordando aspectos da inclusão na sala de aula com ouvintes. Entre os pontos negativos e positivos, mencionou a insuficiência de recursos visuais (para além da datilologia, espécie de soletração das palavras utilizando o alfabeto manual), e a presença do profissional intérprete. A mesa-redonda contou com tradução da intérprete do campus Agda Medrado. 

Na terça-feira, 27, foi o momento das rodas de conversa sobre inclusão do/a estudante com autismo na escola e os desafios da família para acessar e acompanhar os tratamentos e as terapias. Como facilitadoras, tivemos a professora doutora Juliana Salvadori (Uneb); Ruth Moreira, estudante de psicologia e autista; professora mestra Crizeide Miranda (Uneb) e Maria Clara Fortes, pedagoga do campus Jacobina.

Na quarta-feira, 28, às 19h, houve mesa-redonda com o discente de informática do campus Edinaelson Silva e a convidada Ivanice Alves, especialista em educação especial e inclusiva, acerca do processo de escolarização e a inclusão social.  

* As informações são da Comunicação do Campus Jacobina.