Palestra no campus Jequié discute os direitos à terra e à educação dos povos originários

O Auditório do campus Jequié ficou lotado para acompanhar a palestra “Povos Originários: Do direito à terra ao direto à educação”, ministrada pelo Professor Dr. Edson Brito Kayapó, docente do IFBA campus Porto Seguro.

A atividade organizada pelo Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas (NEABI) foi realizada de forma online, com a transmissão do palestrante projetada no fundo do palco.

O palestrante fez um resgate histórico da relação entre os povos originários do território onde atualmente estão os limites geográficos brasileiros e os portugueses desde o século XVI, quando teve início a colonização brasileira, para explicar o atual contexto indígena no país, com questões sociais, culturais, econômicas, territoriais, identitárias, linguísticas, de preconceito e de violência contra os índios, dentre outras.

Edson Kayapó é filho de pai kayapó e mãe marajoara, nascido no estado do Amapá, viveu parte de sua infância na Floresta Amazônica, quando aos 11 anos, foi levado por missionários para viver em um colégio interno, na cidade de Altamira (PA). É ativista do movimento indígena e ambientalista no Brasil, Doutor em Educação: História, Política e Sociedade pela PUC-SP, Mestre em História Social pela mesma instituição e Graduado em História pela UFMG, com Especialização em História e Historiografia da Amazônia, pela Universidade Federal do Amapá. É também pesquisador das questões amazônicas e indígena, escritor premiado pela UNESCO e pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, conferencista e professor de História indígena e Educação Escolar Indígena na Licenciatura Intercultural Indígena do Instituto Federal da Bahia e docente credenciado no programa de pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia. É ainda membro titular da Comissão Assessora para a Inclusão Acadêmica e Participação dos Povos Indígenas/UNICAMP.

Obras premiadas: “Projetos e presepadas de um curumim na Amazônia” e “Nós – Uma Antologia de Literatura Indígena”.