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13 equipes representam o Campus Jacobina na 14ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB)

Ao todo participam 39 estudantes, sob coordenação da profa. Carla Côrte. Com seis fases online e uma presencial, a ONHB já começou e segue até meados de junho
por Verusa Pinho publicado: 06/05/2022 08h43, última modificação: 06/05/2022 10h33

Cerca de 40 estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Campus Jacobina do IFBA participam da 14ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), que começou nessa segunda-feira, 2 de maio, e segue até o dia 11 de junho. O quantitativo representa as 13 equipes ou trios, entre as 811 inscritas da Bahia na competição. 

“Há seis anos o Campus Jacobina garante vaga na fase final da ONHB. Este é um evento que já faz parte da cultura escolar do nosso campus, pois, a cada ano, mais estudantes se interessam em participar. Na edição 2019, por exemplo, foram mais de 60 jovens envolvidos, o que corresponde a 20 equipes ou trios. Em 2017, o campus conquistou medalha de bronze, como única escola pública do interior baiano”, explica a docente de história Carla Côrte, que tem acompanhado os alunos nos estudos das temáticas propostas pelo evento através de encontros semanais. 

Davi Alves, 17, estudante do 3º ano do curso técnico em mineração, participa pela 1ª vez da olimpíada com o trio É muita história. “Eu acompanhei vários amigos que participaram de outras edições. A professora Carla nos motiva bastante! Acredito que a ONHB me ajude muito no vestibular/Enem, pois adentramos na história, adquirimos mais conhecimento e nos mantemos informados para a vida”, comenta.

Fotos: Arquivo Pessoal

Já a jovem Larissa Mariano, 18, 3º ano de eletromecânica, teve a oportunidade de participar da edição 2020, totalmente virtual e mais enxuta, na qual escreveu uma “carta para o futuro”, estilo diário, narrando a situação atual da pandemia. Sua equipe homenageia Maria Felipa, mulher negra de destaque no processo de independência da Bahia. 

“A experiência atual está sendo bem diferente do que eu esperava. O auxílio presencial da docente e a interação com outras equipes fazem toda a diferença! Apesar de eu não ter preferência pela disciplina, a metodologia da ONHB me cativou, despertando para outros interesses”, pontua. 

Dinâmica da ONHB

Com seis fases online, compostas por questões e tarefas diversas e de duração semanal, além de uma fase presencial, a Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa da Universidade Estadual de Campinas, desenvolvida pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de graduação e pós-graduação, em parceria com a Associação Nacional de História (Anpuh).

A competição é realizada por equipes compostas por quatro pessoas: três estudantes (que podem estar em diferentes anos) e um professor de história do colégio. As respostas às questões de múltipla escolha e realização de tarefas podem ser elaboradas pelos participantes com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, internet, orientação docente, além de uma gama de documentos e referências indicada na prova. Cada questão traz quatro alternativas, e mais de uma pode estar correta, cabendo às equipes selecionar a alternativa que considera a mais adequada em resposta à questão.

Além de temas sobre a História do Brasil, a ONHB apresenta questões que permeiam assuntos interdisciplinares, como geografa, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo e atualidades. A competição também faz parte do edital Vagas Olímpicas da Unicamp. De acordo com o desempenho, os participantes podem concorrer a duas vagas no curso de graduação em História da universidade, sem passar pelo vestibular. 

Fonte: https://www.olimpiadadehistoria.com.br/noticias/ler/259

"A possibilidade de acessar a História do Brasil, através da proposta pedagógica da ONHB, amplia e oxigena a prática docente, permitindo, entre outros ganhos, acesso às mais variadas fontes históricas, sujeitos, concepções de história e referências bibliográficas atualizadas. Na interface com essas novas descobertas, a Olimpíada é um espaço de construção, com as/os estudantes, de outras possibilidades de ensinar e aprender História. Nessa experiência, sempre potente e transformadora, estabelecemos um diálogo que reverbera em aprendizagens individuais e coletivas muito significativas. Tem outros movimentos que a Olimpíada faz ao colocar em prática outros jeitos de ensinar e aprender a História do Brasil. Com o uso de metodologias ativas e a sua linguagem gamificada, com fases, pontuação e a realização de tarefas, contribui para a formação da/o estudante com o perfil de pesquisador/a. É possível aprender História por outros caminhos, com o uso de documentos históricos originais preservados nos mais diversos arquivos públicos nacionais, textos acadêmicos, literários e imagéticos. A proposta pedagógica ainda incentiva a autonomia das/os alunas/os, fortalecendo as suas aprendizagens, ampliando os seus repertórios e os seus itinerários formativos", explica a profa. Carla.

Nesta primeira fase, que termina sábado, 7, estão em evidência temas como o divórcio feminino e a descriminalização do adultério; violência contra a mulher e questões de gênero, raça e classe; arte, com destaque para o universo da música e fotografia, e seu diálogo com o colonialismo e a política; hábitos alimentares regionais e aspectos morais na elaboração de mapas.

Saiba Mais

A edição 2019 desafiou os jovens que chegaram à 5ª fase a produzirem, a partir de um template padrão, quatro páginas de um livro didático imaginário acerca de personagem excluído ou invisibilizado das narrativas históricas. Segundo a comissão organizadora da olimpíada, “os resultados foram tão interessantes que se decidiu permitir o amplo e livre acesso aos conteúdos”. Cerca de 20 estudantes do Campus Jacobina fizeram parte do grupo de alunos de todo o Brasil responsável pela criação do dicionário biográfico Excluídos da História, composto por mais de dois mil verbetes sobre personagens raramente estudados na historiografia tradicional.

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