Equipe representa o campus na grande final da ONHB

O trio “Maria Felipa” representou o Campus Jacobina do IFBA na grande final da 14ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), que ocorreu entre os dias 20 e 21 de agosto. Das 13 equipes do campus inscritas, apenas uma garantiu vaga na fase presencial.

Todos os seus integrantes são alunos do 3º ano do curso técnico integrado de eletromecânica: Larissa Mariano, que já foi medalhista de prata da Omif; Maria Clara Montenegro, e Rodrigo Rios.

Ao lado da professora Carla Côrte, os jovens estiveram em Campinas participando da etapa decisiva da olimpíada. Das 320 equipes presentes, apenas 75 receberam medalhas, sendo 15 de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. A Bahia conquistou 8 premiações.

"A última fase da ONHB trouxe a temática principal relacionada às mulheres, a qual já vinha sendo debatida ao longo das questões apresentadas nas etapas anteriores. A primeira parte da prova nos fez associar termos-chave às definições sobre o assunto abordado, a exemplo da Lei Maria da Penha, Igualdade de Gênero e Feminismo. Já a segunda parte nos desafiou a produzir um texto dissertativo sobre Mulheres na Política, trazendo os seus desafios, bem como períodos históricos que contribuíssem para o entendimento do tema. Em geral, realizamos uma boa prova, apresentamos questões que faziam parte da nossa realidade, como também a historicidade do voto feminino com uma perspectiva racial. Apesar de não termos conquistado medalha, a experiência foi de suma importância para a nossa formação, agregando bastante para o repertório sociocultural e conhecimento de mundo", destaca a jovem Larissa.

Para a profa. Carla, a experiência de estar na grande final é sempre atravessada pela certeza de que a educação pública é uma poderosa ferramenta de  intervenção da realidade, que forja novos sentidos, provoca mudanças, afeta e altera. "A gente nunca volta igual de uma viagem como essa! A ONHB revoluciona a nossa prática pedagógica e repercute no processo formativo de muitas/os alunas e alunos do IFBA. Amplia compreensões. Oxigena o dia a dia na escola. Fortalece a percepção sobre outros jeitos de ser e estar no mundo. Restitui a importância do diálogo como espaço de construção do conhecimento. Há muitas aprendizagens contidas aí: sair da sua cidade, viajar, às vezes pela primeira vez de avião, conhecer uma universidade pública multicampi, estar em contato com outras pessoas de geografias tão distantes e sentir que é parte de uma rede muito maior que tem escolhido olhar para a História do Brasil. Esse compromisso, sempre renovado a cada edição, nos coloca diante de narrativas dolorosas, de estruturas de opressão, violência e silenciamentos. É sobre processos históricos seculares que invisibilizaram mulheres, especialmente as mulheres negras, que, como diz a canção, 'fez e faz história segurando esse país no braço'. Mas também é sobre enfrentamento. Sobre se deslocar. E, principalmente, sobre modificar as estruturas", comenta.

Fique por Dentro

Com seis fases online, compostas por questões e tarefas diversas e de duração semanal, além de uma fase presencial, a Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa da Universidade Estadual de Campinas, desenvolvida pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de graduação e pós-graduação, em parceria com a Associação Nacional de História (Anpuh).

A competição é realizada por equipes compostas por quatro pessoas: três estudantes (que podem estar em diferentes anos) e um professor de história do colégio. As respostas às questões de múltipla escolha e realização de tarefas podem ser elaboradas pelos participantes com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, internet, orientação docente, além de uma gama de documentos e referências indicada na prova. Cada questão traz quatro alternativas, e mais de uma pode estar correta, cabendo às equipes selecionar a alternativa que considera a mais adequada.

Além de temas sobre a História do Brasil, a ONHB apresenta questões que permeiam assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo e atualidades. A competição também faz parte do edital Vagas Olímpicas da Unicamp. De acordo com o desempenho, os participantes podem concorrer a duas vagas no curso de graduação em História da universidade, sem passar pelo vestibular.