Sisu 2021.2: 40 vagas para a Licenciatura em Computação do campus
Desta terça-feira, 3, a 6 de agosto, interessados em ingressar no Instituto Federal da Bahia - Campus Jacobina, através do nível superior, podem escolher a Licenciatura em Computação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Estão sendo oferecidas 40 vagas. Para se inscrever, é necessário ter participado da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não ter zerado a redação. O resultado da chamada regular está previsto para o dia 10, seguido da manifestação de interesse em participar da lista de espera (10 a 16 de agosto), realização de matrícula (11 a 16/8) e convocação dos candidatos da lista de espera, a partir de 19 de agosto.
Presente nas mais diversas esferas sociais, a computação é, atualmente, um dos campos de maior crescimento, mesmo diante das incertezas econômicas. “As tecnologias da informação e comunicação perpassam por todas as relações e processos: cotidianos, culturais, econômicos, educativos... O campo de atuação se alarga na mesma velocidade que se expandem essas tecnologias, em todas as dimensões”, explica o professor e atual coordenador do curso, Yuri Wanderley.
“Embora a educação profissional constitua o principal campo de trabalho dos licenciados, haja vista a grande demanda de profissionais para formar os quadros docentes dos cursos técnicos, é possível que eles atuem no ensino básico regular, lecionando disciplinas da área de computação, na consultoria ou gestão de laboratórios de informática, infocentros e outras atividades que demandem conhecimento pedagógico e computacional. Poderão ainda trabalhar como empreendedores, desenvolvendo soluções de informática voltadas para o setor educacional ou ofertando consultoria quanto ao uso de tecnologias na educação”, elenca o docente.
Com duração mínima de quatro anos, aulas noturnas de segunda a sexta-feira e nas manhãs dos sábados, a formação ofertada pelo IFBA, em Jacobina, prepara o futuro profissional para integrar equipes multidisciplinares de consultoria em secretarias de educação, instituições de ensino e empresas, bem como equipes técnicas para construção de ambientes virtuais de aprendizagem.
“O/a licenciado/a está apto/a para atuar tanto na parte técnica quanto pedagógica. São poucos os profissionais que dominam essas duas áreas, o que se revela como um grande diferencial no mundo do trabalho”, destaca Yuri.
A carreira de pesquisador em tecnologias educacionais e ensino da computação ou de empreendedor no desenvolvimento de hardwares e softwares voltados para a educação são outras escolhas. Com estágio supervisionado e atividades complementares, os formandos elaboram monografia, que pode abranger a criação de produtos, dos quais aplicativos e jogos são exemplos. No Campus Jacobina, seis laboratórios de informática estão disponíveis para os licenciandos, sendo um específico do curso superior.
“No atual estágio do avanço tecnológico, a computação se mostra estratégica, pois, direta ou indiretamente, é aproveitada em todos os setores da economia. No caso de Jacobina, mais de metade da riqueza produzida no município está concentrada na prestação de serviços, que demanda a atuação do profissional de informática, seja na instalação e manutenção de redes de computadores, no gerenciamento de bancos de dados, no desenvolvimento de softwares e sistemas para internet ou na computação gráfica. Além do IFBA, outras instituições de ensino situadas na região ofertam cursos técnicos na área e se caracterizam como possíveis ambientes de trabalho”, ressalta o docente.
Especialista em cibercultura, Yuri foi o principal idealizador da Plataforma Anísio Teixeira, que reúne serviços, softwares livres e recursos educacionais abertos (REAs) relacionados à mediação de práticas pedagógicas e gestão de acervos online, voltados para a educação básica e para a formação continuada dos profissionais da rede pública de ensino do estado da Bahia. O projeto rendeu publicação na pesquisa TIC Educação 2017, organizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Comitê Gestor da Internet no Brasil, uma das principais publicações nacionais sobre o uso de tecnologias da informação e comunicação nas escolas brasileiras.
Na opinião do egresso Gustavo Lopes, a motivação para ingressar no curso se deu pelo aspecto de inovação. “O profissional de computação tem extrema importância na mediação de conhecimento entre pessoas e tecnologias”, pontua.
Gustavo é autor do "e-ACS, Uma aplicação para auxiliar o planejamento de visitas de agentes comunitários de saúde", proposta hospedada pelo Hotel de Projetos, iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFBA (PRPGI) em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O estudante também fez parte da equipe do projeto LISD (Livre Inclusão Social-Digital), iniciativa do analista de tecnologia da informação do Campus Jacobina, Ivo Chaves, em parceria com professores e licenciandos do curso.
Iniciação à Docência
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) insere os graduandos no cotidiano escolar, integrando a educação superior à básica, por meio de experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes inovadoras, criativas e interdisciplinares, que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem através da ludicidade e do raciocínio lógico. Ao lado dele, atividades de pesquisa e extensão compõem um tripé diferenciado, que dinamiza a formação do futuro profissional, envolvendo-o com públicos distintos, de crianças a idosos, em comunidades e instituições diversas, incluindo entidades sociais. Nas palavras da egressa Laiane Silva, o IFBA dá uma bagagem muito grande: "Os professores nos incentivam a sermos pesquisadores”, assinala.
Pesquisa
Composta por professores e discentes, a equipe do Grupo de Pesquisa em Computação de Jacobina (JaComp) é coordenada pelo professor do Campus Jacobina Alberto Viana, doutorando em Ciência da Computação e mestre em Modelagem Computacional e Tecnologia Industrial. O Jacomp atua no contexto da engenharia de software, banco de dados, ubiquidade e sistemas distribuídos, bem como tecnologia educacional, com ênfase em jogos, estando diretamente relacionado ao curso técnico de informática, bem como à referida licenciatura.
Extensão
Scratch Day: estimulando o pensamento computacional
Desenvolvido pelas professoras Carina Machado e Valéria Gabriel da Cruz, contando com apoio das então licenciandas Ângela de Souza e Jucimaria Santos, o “Scratch Day” teve por objetivo estimular o pensamento computacional em crianças de 8 a 11 anos de idade, seus responsáveis e professores. Por meio de tablets com a ferramenta ScratchJr, foram debatidos os conceitos de iniciais de programação, computação desplugada e storytelling. A iniciativa beneficiou turmas do ensino fundamental da Escola Municipal Beatriz Guerreiro Moreira de Freitas (bairro Mundo Novo) e Almir Lopes de Souza (comunidade Pau Ferro).
“O pensamento computacional engloba a habilidade de utilizar conceitos e técnicas da Ciência da Computação na resolução de problemas do cotidiano e nas mais diversas áreas do conhecimento, reforçando as habilidades cognitivas e sociais. Atualmente se compara ao letramento e à matemática”, comenta a docente Carina.
O estudo rendeu participação da equipe no Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), evento anual e internacional da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). "O pensamento computacional tem sido considerado um dos pilares do intelecto humano, comparado à leitura, escrita e aritmética, uma vez que pode ser utilizado para compreender problemas do cotidiano”, observa Carina.
Para Jucimaria Santos, abranger a comunidade foi "o mais bacana da experiência". "Aproveitamos a ocasião para apresentar o campus, despertando o interesse pela futura formação profissional. Muitos comentaram sobre a vontade de estudar em nosso Instituto quando conheciam espaços como os laboratórios. Fiquei impressionada com o desempenho e a participação de algumas crianças, que demonstraram, inclusive, visão para a computação. Por parte delas, criatividade não foi problema!”, revela.
Formatura
Avaliado pelo MEC com nota 4, numa escala de 1 a 5, o curso formou sua primeira turma neste ano. Devido à pandemia, a cerimônia aconteceu de maneira simbólica e virtualmente, em 30 de abril. Para Jorge de Souza, integrante do trio de formandos da 1ª turma, a licenciatura lhe proporcionou desenvolvimento pessoal na comunicação e elaboração de textos.
“Também me proporcionou contatos para projetos a serem desenvolvidos. As experiências com estágios e projetos criaram uma visão diferente da educação escolar. Produzimos projetos educacionais para diversos públicos. Um deles é o Libras Game, que utiliza a matemática de maneira educacional e interativa em conjunto com a Língua Brasileira de Sinais. Participei, ainda, de projeto de extensão do tipo Monitoria da disciplina Lógica de Programação. Todas essas conquistas foram oportunizadas e alavancadas pelos excelentes professores e profissionais técnicos do IFBA Jacobina”, declara.
Para o coordenador do curso, todas as temáticas dos TCCs são inovadoras e demonstram a qualidade da formação que os estudantes tiveram ao longo do curso, fazendo a convergência dos campos da educação e da informática, que é o objetivo da Licenciatura em Computação. Os formandos defenderam seus TCCs durante as atividades de ensino não presenciais emergenciais (AENPEs) ao longo do segundo semestre de 2020.
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