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Processo Seletivo 2020: Estágio e emprego em foco

Mundo do Trabalho

por Verusa Pinho publicado: 30/07/2019 08h30, última modificação: 09/10/2019 12h17

Atuar no tão competitivo mundo do trabalho é um desafio. Com as exigências cada vez maiores, uma base educacional de referência já soma pontos em qualquer seleção.

É nesse contexto que o Campus Jacobina do Instituto Federal da Bahia, instituição pública de ensino, pesquisa e extensão, oferece cursos técnicos e superior gratuitos em prol do desenvolvimento socioeconômico da região.

Os cursos integrados e subsequentes ao ensino médio oferecidos pelo IFBA estão inseridos no campo da informática, eletromecânica e mineração. Outra formação exclusivamente subsequente é a de meio ambiente. A licenciatura em computação é a opção de nível superior disponível atualmente.

Em geral, a partir do 3º semestre/ano do curso, os estudantes do Instituto são encaminhados para empresas, instituições não governamentais ou órgãos públicos para vivenciarem, na prática, o que aprendem em sala de aula. O estágio não é obrigatório para os cursos técnicos, mas é a preferência de boa parte dos alunos, sobretudo das formações subsequentes. O relatório das atividades desenvolvidas durante a experiência pode servir como trabalho de conclusão de curso.

Conversamos com alguns estagiários e egressos do Campus Jacobina para compreender melhor a dinâmica e o perfil de cada área. Confira!

Igor mexendo na parte interna de um veículo; ele usa óculos de proteção

Igor Ribeiro, formando de eletromecânica (subsequente), começou a estagiar na oficina da concessionária e revendedora de veículos Jovemcar há menos de um mêsAinda em fase de treinamento, período em que tem participado de algumas capacitações, ele lembra que o interesse pela área surgiu com o pai, ao vê-lo mexer no próprio carro. 

"O ensino no Instituto foi ótimo, principalmente os últimos semestres, mais focados nas disciplinas técnicas. Conhecemos experiências de renome no âmbito da eficiência energética, aprendemos a utilizar aparelhos de medições e programas específicos. Pretendo continuar no ramo da eletromecânica, aperfeiçoando conhecimentos por meio da teoria e da prática", narra.  

Na opinião do egresso Iago Santos, que projetou um sistema eletromecânico para reutilizar água da máquina de lavar na descarga do banheiro, aproveitar os conhecimentos da sala de aula para beneficiar a sociedade é sua grande motivação. 

Iago durante lançamento do protótipo do automóvel desenvolvido enquanto membro da equipe Fórmula SAE KRT UFBA

Enquanto esteve no IFBA, Iago compartilhou seu invento nas rádios locais e por meio de eventos regionais, como o Dia Mundial da Água, em Valente/BA, e o II Simpósio de Inovações Tecnológicas, em Irecê. Orientado pelos professores Tércio Graciano e Andson Rocha, ele ainda participou da Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat), em Belo Horizonte; Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), considerada a maior do ramo na região, onde ganhou medalha de bronze na categoria engenharia e obteve credencial para a Feira de Investigación y Empreendimento Francisco Woston, ocorrida na Colômbia, em 2016. 

Hoje ele está concluindo o bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do qual desenvolve projetos científicos focados em soluções tecnológicas, como uma unidade de reciclagem do plástico para uso na construção civil e um carro de corrida experimental aos moldes da Fórmula SAE, conhecida pelos conceitos aplicados à engenharia. 

Edvaldo Pereira, diretor executivo (CEO) da empresa Município Digital, já contratou três estagiários do IFBA. “Nossa empresa desenvolve softwares e aplicativos voltados para o setor público, transformando os serviços off-line em on-line com processos inteligentes para trabalho em equipe. Dessa forma, os setores conseguem atender com mais eficiência e qualidade, melhorando a vida da população. Quando precisamos contratar colaboradores para a área de tecnologia, um amigo sugeriu o IFBA para recrutamento, pois ele já tinha feito isso e tinha dado certo em sua empresa. Resolvemos então fechar convênio com o Instituto para contratação de um estagiário e acabamos contratando três, porque notamos que todos tinham uma das habilidades que mais admiramos: o trabalho em equipe, além, é claro, de serem apaixonados por tecnologia”, explica. 

E/D: Edvaldo, Victor e Marcos

No momento, a empresa está desenvolvendo um sistema de gestão educacional que seja capaz de conectar educadores, alunos, famílias e gestores. “Deixamos os estagiários totalmente à vontade para escolher em que áreas do projeto queriam atuar. Fizemos treinamentos e alinhamentos internos. Hoje cada um tem seu espaço dentro da empresa: Marcos Rios nos ajuda no Data Science como web developer; Victor Moura, no UX Design, e Felipe Torres, infelizmente, desistiu do estágio para se dedicar ao Enem, mas teve uma grande contribuição no front-end do nosso sistema de documentação online. O grande diferencial desses jovens é o domínio da lógica de programação, que pode ser aplicada no mundo real”, pontua.

Para Marcos Rios, aluno do 4º ano de informática (integrado), o estágio tem permitido ver de perto a atuação do profissional no mercado, além de motivar a conhecer as últimas ferramentas, linguagens e tecnologias usadas no ramo. "Durante esses sete meses de estágio, já pude acompanhar um pouco do que é a profissão de desenvolvedor, a dinâmica de trabalho numa empresa. Tenho interesse em seguir carreira na área, por saber que é um dos setores que ganhará mais vagas nos próximos anos". 

Renato Alves é egresso do curso técnico subsequente em meio ambiente do IFBA e há três anos atua na Prefeitura de Várzea Nova. Na sua opinião, a formação no Instituto foi essencial para inserção no mundo do trabalho, pois garantiu sua qualificação profissional, assim como ampliou o leque de alternativas, como a atuação em empresas de consultoria ambiental e atividades de geoprocessamento. 

“Atualmente  sou diretor de meio ambiente na gestão do órgão ambiental do município, coordenando o processo de licenciamento, articulando ações intersetoriais de educação ambiental, planos e projetos”, descreve.

“Apesar de não ter feito estágio, destaco as produções científicas como diferencial da formação. Meu tcc consistiu em artigo científico sobre a agricultura familiar. Já tive, inclusive, estudo publicado em livro. Acredito que somos a saída para os principais problemas provocados pelo desenvolvimento econômico desenfreado sob os princípios éticos da sustentabilidade”, destaca. 

Já Karina Souza, estudante do 4º semestre do curso, está tendo a oportunidade de estagiar na Prefeitura de Jacobina, na qual contribui com a implementação e fiscalização de empreendimentos, o resgate de animais, além de desenvolver trabalhos de educação ambiental nas escolas do município. Para ela, “a experiência está sendo maravilhosa”. 

Além das prefeituras da região, há estagiários de meio ambiente do Instituto na Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (Cofaspi).

Maciel Figueiredo, egresso de mineração (subsequente), foi aprovado enquanto cursava o 3º semestre na seleção de estágio da Yamana Gold para atuar na planta operacional de beneficiamento do ouro.

“O Instituto forma para além do mundo do trabalho; forma cidadãos! Considero o IFBA uma instituição renomada, com infraestrutura de excelente qualidade, professores gabaritados, pessoas que realmente querem um Brasil melhor”, comenta. Aulas de campo, cursos de extensão e visitas técnicas são alguns diferenciais elencados por ele, que pensa em ingressar, posteriormente, na universidade para cursar engenharia de minas, geologia ou engenharia de produção.

Eric realizando conferência das caixas de testemunho de sondagem durante estágio

Para Eric Pereira, egresso da formação integrada em mineração, o IFBA foi um divisor de águas: “O Instituto possibilitou diversas interações com o magnífico mundo da mineração, aguçando ainda mais meu fascínio pelas ciências naturais. Isso tudo somado ao corpo docente com excelentes profissionais e a boa estrutura do campus”.

Estagiário da referida mineradora no setor de prospecção e exploração, durante um ano, Eric conta que aprendeu funções distintas, como técnicas de amostragem geoquímica, atividades em sondagem perfilagem, geomecânica e banco de dados. “Foi aí que pude aplicar a teoria na prática e desenvolver meu lado profissional na empresa. Além disso, tive contato direto com os trabalhos desempenhados pelos geólogos, por isso o motivo de estar cursando geologia na UFBA atualmente. Conclusão: o IFBA abre portas!”. 

Conheça o perfil dos nossos cursos! Informações sobre ingresso em www.selecao.ifba.edu.br

 

Fotos: Acervos Pessoais

Criação visual: Carlos Santana e DGCOM

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