IFBA realiza oficina "Enfrentamento ao amianto: impactos ambientais e danos à saúde"

Na última terça-feira, dia 06 de dezembro, o auditório do CVT recebeu a oficina "Enfrentamento ao amianto: impactos ambientais e danos à saúde", com participações de Orleane Brito, professora do IFBA campus Vitória da Conquista e organizadora do evento, e da pesquisadora na área ambiental Carmen Lima.

A pesquisadora Carmen Lima

O evento, voltado especialmente para os alunos das Engenharias Ambiental e Civil, trouxe uma sensibilização sobre os perigos do amianto. A pesquisadora Carmen, que é uma especialista no assunto em Portugal, seu país de origem, alertou para a quantidade de profissionais que desconhecem a problemática e não adotam procedimentos adequados para a prevenção. "A melhor forma de preparar esses profissionais é ir às universidades e sensibilizar esses alunos sobre um tema que pode parecer não prioritário, mas que traz riscos imensos em termos de saúde e em termos ambientais", reiterou a palestrante.

Professora Orleane Brito

Para a professora Orleane Brito, a participação de Carmen na oficina proporciona ganhos inegáveis ao instituto, já que ela tem acesso a grandes laboratórios de tecnologias e metodologias ligadas ao amianto. "Estamos concentrados na região Sudoeste da Bahia, e aqui temos cursos que se relacionam diretamente com essa temática. Trazer essa oficina é difundir e potencializar o conhecimento na área para aqueles alunos que ainda não conhecem o tema, além de convidá-los para que eles se envolvam", explicou.

O IFBA e a relação com o amianto em Bom Jesus da Serra

Em 2017 o IFBA firmou uma parceria com a AVICAFE – Associação das Vítimas Contaminadas pelo Amianto e Famílias Expostas, localizada em Bom Jesus da Serra - BA, onde foi estabelecida a primeira mina de amianto do Brasil e a única que continua com uma grande área de degradação ambiental não reparada pela empresa desde os anos 30.

A população de aproximadamente 10 mil habitantes ainda é atingida direta ou indiretamente pela fibra do amianto, que é um material altamente cancerígeno e sem nenhuma tolerância. 

Não é a primeira vez que o tópico é discutido no campus. Em maio deste ano, por exemplo, foi realizado um seminário sobre os efeitos nocivos do amianto. Há planos para mais momentos de discussão como esse no futuro, devido à sua grande importância principalmente para os cursos aqui oferecidos.

O IFBA, representado pela professora Orleane, busca formas de ajudar essa população a reparar os danos, através de projetos de pesquisa de extensão e trabalhos de conclusão de curso, a fim de conhecer a área e indicar as melhores medidas para a resolução do problema.

Patrícia Sousa